Porque eu não tenho ser, e só tenho estar, aprendi a dizer que não sou, mas que estou (e isto espanta muitos). Não interpretem isso como confusão, porque isso é paixão. Porque eu não aprendi a dizer tudo o que se deve dizer nas horas de se estar. É bem mais fácil, e mais desejável sair conjugando por aí o verbo ser em vez do estar, porque é mais fácil falar: "Eu sou uma pessoa feliz"," eu sou uma pessoa completa"," eu sou isso"," eu sou aquilo". Bem, eu não sou! Eu não tenho ser, e não preciso de um. Eu Tenho vontades que mudam, ideias que mudam, sonhos que mudam e que as vezes voam com sentimentos estranhos. Talvez o meu "ser" tenha se perdido por entre os seres que me fizeram assim, com certezas raras e discretas. Mas na boa? Ir atraz de quem eu sou ,correr atraz do meu eu, soa, pra mim, como algo muito brega, quando não soa como perda de tempo mesmo. Na boa mesmo? Tem gente que confundiria isso como crise de identidade. Mas pra mim isso é desculpa para dar dinheiro para analistas.
4 comentários:
hum... por mais que vc negue o seu ser... vc tem q ser alguma coisa... nem que seja um ser totalmente mutável... mas nem tudo muda tão rápido assim e a pessoas sempre é algo! Talvez você seja uma metamorfose ambulante! Temos q ser a cada dia um pouco disso, mas q seja pra melhor porque de mal exemplos temos de muito neste mundo :)
Ahá!Crise de identidade é clichê demais e ir em busca de si mesmo é perca de tempo e espaços. Bom mesmo é estar, ser é para fracos. Afinal, não sabemos o que somos, mas sabemos que somos, não é mesmo?
Texto perfeito!!
ta escrevendo muito heim...bjs chuchua!
EXPLICANDO:
Não nego o meu ser,no sentido de existir, de ser alguém que possui uma história e uma vivencia humana,(até porque eu existo,né!?) que me permite ver o mundo sob um ponto de vista e não sob outro, mas nego a noção do ser estático. Porque quando se fala em ser, se fala de um ser estático [pelo menos é essa a compreensão geral que se tem por aí] por isso, quando algo muda, parece que é algo ruim que aconteceu já que o "ser" era pra continuar sendo aquele SER de sempre... do jeito que se planejou, arquitetou e etc. Não nego as existências e suas implicações e resultados, nego as limitações e os enquadramentos dela.
Hum... sempre ser, não é ser, é sempre estar (na mesma). Entendi, acabei de falar a mesma coisa, só que usei palavras diferentes. As vezes as pessoas não se entendem, porque não utilizam as mesmas palavras, mas pensam/sentem a mesma coisa. Talvez esse seja o maior desafio, talvez do que entender a si mesmo, mas entender as pessoas que falam a mesma coisas com línguas e formas diferentes que expressar o que pensam/sentem.
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