terça-feira, 1 de dezembro de 2009
É brincadeira
domingo, 29 de novembro de 2009
Parafusos
Vi uma longa estrada por onde passavam as paixões.Intrusas
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Pensamento paralisado
Só pela embriaguez
(mesmo sabendo que embriaguez é sofrer)
Daí,
Vivo intensamente entorpecida pelos cansaços
No duelo lembrar-esquecer, lembrar-esquecer
Para me libertar e me prender
Sinto o cheiro da voz, do olhar, da paixão
Do som do violão, que de tristeza, vira chorinho
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Coro em cores
Tire-me dos cinzas!
Tire-me dos ares refrescantes
Mas não da minha terra quente e sólida.
Rasguem os azuis pálidos e passivos dos céus...
Deixe-me
Colorir o mundo de vermelho
E então serei mais poesia do que sangue.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Sobre as palavras
Andei perdendo palavras por aí. Talvez por falar em excesso elas me faltem agora. As que saíram aos gritos duvido que voltem. Escaparam e deixaram vítimas durante a fuga. Uma pena. Mas em esforço de guerra dizem que perdas são justificáveis. Nunca acreditei muito nisso. Andei perdendo palavras por aí. Talvez por ficar em silêncio elas me sobrem agora. E por serem excesso ocuparam o espaço antes reservado ao agrupamento ordenado delas. O crescimento desordenado de palavras é mais perigoso. Jamais pensei na possibilidade de um motim de palavras. Andei perdendo palavras por aí. Das soltas e guardadas. Algumas entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Outras entupiram narinas e muitas desceram pelos olhos. Ainda ontem me olhei no espelho e vi que engordei. Ando comendo palavras saturadas. Um perigo. Preciso perder peso, perder palavras para reencontrá-las. (Parece comigo, parecem minhas palavras)
Por Sérgio Fonseca
domingo, 2 de agosto de 2009
Viés
quarta-feira, 8 de julho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
O vento e a Poeira
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Ao Eterno
terça-feira, 23 de junho de 2009
Eu que prefiro o mistério
Descasque
Todos os tons belos,
Os silêncios
E os medos.
O sussurrar e o cantar;
O canto mais belo.
Deletérios, sorrisos, embalos
E os capriches.
Os gritos que se perdem,
Saia da bolha, corra pra fora.
E veja:
Os insanos, os doces, os sóbrios,
São todos um só.
E estão todos aí dentro.
Formato
Espaço
Os ricos e os pobres
Entre a humildade e a vaidade
O bom senso e a loucura
O céu e a terra
O amante platônico e seu amado
A politica e a verdade
Que só sinto os braços,
Se perdeu, se escafedeu
Em algum lugar de onde vagamos
Que de tão vago
Não sei mesmo
Quantas vezes mudei
Quantas vezes me estranho
Quando foi que realmente me vi e achei
Se me estranho, não me espanto mais
Se me mudo, vi o que não tinha
Quanto tenho?
Perdi a conta.
Sei que não vou me acabar
Tentando me encontrar
Com os seres que criaram
Que se perderam por aí,
Os quais não se devem mais questionar.
Ou voltar atrás.
O que surge é do que nasce e não meu
Uma sombra.
Foi uma criação.
De quem?
Não sei mesmo
Expressões
Peles enrugadas
Olhares sofridos
Corpos garridos
Gritos estridentes
Um quadro carente
Voz rouca
Esperança pouca
Corações endurecidos.
Expressões vagas de um mundo embrutecido?
Medo, durma!
A Chuva
Rima forçada
Norma que serve para deixar tudo formalizado
Desligando a conexão com o pensamento avoado
Ritmo, estrofe, rima
Palavra sem estima
Letra arranjada
Idéia calada
Seguindo a risca
As regras de uma poesia arisca
Traçando uma estética
Correndo atrás da métrica
Eis como exemplo este texto acuado
Resultado: algo desvairado.
Rima forçada,
Leitura enjoada!