segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Ler e Escrever é coisa do passado


Fico pensando se um dia vão ensinar nossas crianças a escrever. Se isso será necessário algum dia: desenhar letras no papel, ensinar como se faz cada curva para se traçar a letra que combinada com outra forma-se uma palavra, que combinada com outras palavras se forma uma frase, um texto...

Vejam bem: já não traço neste texto as palavras que você está lendo!Elas saem do pulsar do meu dedo sobre as letrinhas já desenhadas no teclado e aparecem... Puuff! Apareceram.. quase que de forma instantânea no papel virtual que "escrevo". E isto é tão natural quanto o amanhecer, que de tão óbvio torna-se algo enfadonho.

Estamos em tempos onde a velocidade é o que importa. Mas não tem como não refletir sobre o quanto se gastava tempo escrevendo. Quando se escrevia uma carta para alguém especial parecia que o tempo do escritor ou escritora estavam ali na carta também. Aplicava-se um certo traço, que podia ser forte ou fraco, a caneta ou ao lápis, encurvava-se a letra aos moldes da personalidade de quem escreve e desenha cada letra d palavras. tempo dedicado.

E para apagar? Ficava aquele papel borrado e meio amassado, quase sempre tinha-se que reescrever em uma folha novinha. Sem manchas. Sem máculas.

Hoje, não há papel virtual no mundo inteiro que fica machucado com raiva e o arrependimento de ter colocado algo que não foi muito agradável. Basta um "backspace" ou delete e feito: está apagado e sem deixar marcas!

Bons tempos!
Ou não.



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